O “SUJEITO DO JORNALISMO” E O “SUJEITO DO DISCURSO”:UMA (RE)ANÁLISE DA TEORIA DO GATEKEEPER A PARTIR DE M. PÊCHEUX
Autores
Fabiano ORMANEZE
PUC-Campinas
Resumo
Este artigo discute a concepção de sujeito presente na Teoria do Gatekeeper, definida no Jornalismo nos anos 1950 pelo pesquisador estadunidense David Manning White. Com forte inspiração na psicologia comportamental, ele estudou o fluxo de notícias dentro de uma redação de jornal e percebeu que havia um processo de seleção e escolha do que seria publicado, ação centralizada no editor, metaforizado como “gatekeeper”. Nesse processo, de acordo com a teoria, ora eram utilizados critérios objetivos, ora subjetivos. No entanto, tal perspectiva esbarra-se em limites, não levando em conta a circulação e os efeitos de sentido, tampouco a ação do pré-construído, do interdiscurso e da memória. Assim, pretende-se refletir sobre a Teoria do Jornalismo apresentando seus desdobramentos quando revisitada a partir de uma noção de sujeito inscrito em uma formação discursiva.