Percursos históricos dos estudos discursivos no Brasil: uma leitura discursiva

Autores

  • Roberto Leiser BARONAS DL-PPGL-UFSCar/CNPq

Resumo

Em sua dissertação de mestrado, “Análise do discurso na Argentina: estudo comparado com a situação do Brasil”, defendida em maio de 2014 no Programa de  Pós-Graduação em Linguística, da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, com  apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP e desenvolvida sob nossa orientação, Scola mostrou que a emergência dos estudos discursivos na Argentina está intimamente relacionada com o momento histórico daquele país, denominado normalização democrática. Uma vista de olhos na literatura pertinente evidencia que no caso brasileiro, essa temática embora muito pertinente para a história da linguística no Brasil, ainda não foi visceralmente estudada. Neste artigo, assumindo com Dominique Maingueneau (2014), que os estudos discursivos devem ser pensados enquanto um campo de estudos, refletimos sobre as condições históricas e epistemológicas que possibilitaram as diferentes irrupções dos estudos discursivos no Brasil. Para tal nos ancoramos teórico-metodologicamente, por um lado, na metodologia dos programas de pesquisa, proposta por Lakatos (1973) e, por outro, nas contribuições discursivas de Jacques Guilhaumou (2009) acerca da noção de narrativa do acontecimento. Tomamos como recorte temporal três percursos históricos: os anos setenta; os anos oitenta e os anos noventa do século passado.

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